A cor do preconceito
Vindos de diferentes regiões da África, os negros foram trazidos para o Brasil, a sua cultura, seus hábitos, costumes, modo de viver e concepção de mundo foram desprezados e tratados como inferiores. Tudo era feito para que os próprios negros acreditassem que os brancos eram superiores e que, por isso, deviam obedecê-los.
Em 1888, houve a abolição do trabalho escravo no Brasil. Porém os ex-escravos não receberam nada em troca de seu trabalho por tantos anos. Mesmo depois da abolição, a maioria deles continuaram sendo marginalizados e tratados como inferiores.
Impedidos de participar das decisões políticas e da organização das cidades, os negros influenciaram muito na cultura brasileira como um todo, principalmente na música, na comida, na dança e na religiosidade.
EXEMPLOS: Misto de dança e luta, a capoeira é hoje praticada em todo o Brasil tanto pelos negros quanto pelos brancos. Na religião a festa de lemanjá é praticada em todo o litoral brasileiro. Um dos pratos mais populares e prestigiados é a feijoada, uma comida bem brasileira. É feita com feijão preto, certas parte do corpo do porco e temperos como salsinha e cebolinha. Conta a historia que esta comida surgiu na época em que havia escravos e senhores no Brasil. Naquela época os escravos recebiam feijão como alimento. Os senhores comiam apenas a melhor parte do porco, como o pernil e o lombo. As outras partes, como os pés as orelhas e o rabo, eram dadas aos escravos. Eles, então, misturavam todas estas partes com o feijão preto e cozinhavam tudo junto. Assim surgiu a feijoada.
Caráter não tem cor
Há quem diga que os europeus são brancos, os africanos pretos, os asiáticos amarelos e os índios cobreados. Mas não é bem assim ninguém tem uma cor pura. Uns são mais claros, outros mais escuros. Todos são bonitos ou feios, por que beleza não depende de cor. Nós brasileiros, somos um povo mestiço, na carne e no espírito.
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